terça-feira, 16 de novembro de 2010

São vinte e duas e vinte e um, agora.

Fizemos 5 meses agora no começo do mês, estamos ambos felizes, afinal, cinco meses para nós é tanto tempo, tanto aprendizado, tanta alegria.
Estou feliz por ter dito tudo que tinha a dizer, e ando dizendo coisas que me vem a cabeça que eu acho que são importantes dizer. Mas ao mesmo tempo estou tão confusa quanto um castor comendo sem saber o porque, uma rosquinha de chocolate. É estranho, não o fato do castor, também mas, é estranho mesmo eu estar confusa.
Não entendo porque ou com o que, só estou. Fico nervosa e irritada do nada, apenas, de lembrar ocorridos estressantes de dias atrás.
Penso em tudo e em todos ao mesmo tempo, e depois esqueço o que estava pensando, ou mesmo, o porque de pensar sobre tal coisa.
Só que estou mais aliviada tirando todo o peso de minhas costas, tirando tudo de minha cabeça, pouco a pouco, falando todos os meus sentimentos. Eu realmente quero que se importe comigo mas, sou tão estressante quanto uma tartaruga na tua frente subindo escadas enroladas mais lentamente que o normal.
Nunca sei o que dizer quando tenho que dizer, e quando sei o que dizer, digo na hora errada, ou mesmo sei, está na hora certa, mas acho que não devo dizer.
Estou ficando confusa novamente.
Bom, boa noite.


Motim - Três guarda-chuvas

De tão comum que o molhado se tornou 
O seco parece o lado de fora 
É em dias assim que eles se encontram 
Em uma poça qualquer, em uma esquina de fatos úmidos 
E TUDO VIDA UM RIO, UM MAR... 
E TODA CORRENTEZA LEVA E LAVA COISAS TÃO LEVES 


...a vagar com o leve preço de usar um capuz encharcado 
de lágrimas que caem do céu 
Em seu caminho, em sua peça pessoal 


E a chuva continua a cair e molhar 
Que alma não precisa ser lavada? 
Que cabeça não pode ser molhada? 
Que coração nunca encharcou? 
O conforto da água, do úmido 
É tão desconfortante para quem não se molha 
Coisas secas duram mais e quebram mais fácil 


E lá vão eles, enfrentando a chuva 
Com cabeças longes e pés úmidos


[A humanidade está tão afundada em seus pensamentos egoístas que deixaram de perceber 
coisas rotineiras como o cair de uma simples chuva. Os poucos que o percebem encharcam-se, 
acabando absortos em viver uma vida sem escapismos, notam que ela é algo muito desconfortante 
e isso faz com que lutem muito mais afim de encontrarem a si mesmos e ao que dá sentido às suas 
existências.]

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